Cnemidophorus: nenhum macho nesta espécie
“Uma mulher sem um homem é como um peixe sem bicicleta” – a famosa frase, lema das feministas, é atribuída à pensadora americana Gloria Steinem. O que ela não sabia é que algumas espécies de lagarto precisam ainda menos que isso.
Nestas espécies, as fêmeas são capazes de reproduzir integralmente seu material genético em ovos. Portanto, a geração seguinte é um clone biológico da primeira. É curioso que, mesmo nestas espécies somente femininas, o ritual de acasalamento continua. Isso acontece por causa dos ciclos de estrogerona que estes lagartos apresentam: logo após pôr seus ovos, a estrogerona do lagarto baixa, fazendo com que ela se comporte como um macho. Assim, uma das fêmeas monta na outra para estimulá-la a reproduzir-se sem fecundá-la propriamente.
Embora esta reprodução assexuda tenha centenas de desvantagens como não variar o material genético e, portanto, deixar a espécie mais vulnerável à doenças e mudanças no ambiente, também torna a colonização de um ambiente novo mais rápida, pois só necessita de uma única fêmea.
Reprodução assexuada ou partogênese não é completamente incomum entre os seres vivos. É assim que quase todos os seres unicelulares se reproduzem. Também acontece muito em plantas, moscas e diversas espécies de insetos. Mas ela é extremamente rara em vertebrados, e não há casos registrados em mamíferos.
Fonte: Ig